Prevenção de segurança na tragédia no Rio Grande do Sul

Um dos maiores desastres naturais ocorridos no Brasil deve deixar marcas profundas sobre o quanto é importante investir em políticas de segurança pública e prevenção de catástrofes naturais como a ocorrida no Rio Grande do Sul, que já matou mais de 100 pessoas e deixou tantas outras desaparecidas.

Prevenção de segurança no RS

Em 1941, o Rio Grande do Sul viveu o mesmo drama com as fortes chuvas que inundaram cidades inteiras, incluindo Porto Alegre. Dezenas de anos se passaram e o problema voltou a se repetir por falta de planejamento e investimento robusto em prevenção.

A situação era previsível, já que o estado é cercado por um verdadeiro pântano brasileiro, cercado por rios e pelo Lago Guaíba, como é reconhecido, pelo menos pelos moradores do RS.

Investimento em prevenção

Com a topografia propícia para uma grande cheia, o Rio Grande do Sul foi surpreendido mais uma vez após décadas, quando ocorreu outra grande inundação.

Sem investimento em ações de prevenção para conter a água da chuva que provoca a cheia dos rios da região, o Guaíba se tornou uma bomba, que desta vez explodiu com a grande força do Rio Jacuí.

A água alagou 5 das 6 estações de tratamento de Porto Alegre, que tiveram que ser desligadas. Também na capital, as águas do Guaíba invadiram o centro e inundaram a rodoviária e o aeroporto Salgado Filho.

Desastre na gestão pública

Já é possível falar em “desastre natural e de gestão pública”, levando em consideração que novas inundações poderão ocorrer caso não haja ação do poder público.

Investir em prevenção poderia poupar dezenas de vidas e evitar milhões em prejuízos que causou a maior crise humanitária nos últimos 40 anos, principalmente depois do rompimento da Barragem de Brumadinho (MG).

Resposta para crise humanitária

Outras enchentes históricas foram registradas em 1928; em 1936; em 1941; e em 1967), avisos que foram ignorados ao longo dos anos por tantos gestores que passaram pelo Estado do Rio Grande do Sul.

Em relação à prevenção de segurança, nenhum cenário está livre de sua necessidade como parte da segurança pública. Para que a proteção das pessoas seja eficiente, é preciso de investimento, treinamento, capacitação, poder econômico para resposta em momentos de crises humanitária, e, além de tudo, de planos de socorro e resgate das vítimas pelo tempo necessário.