Segurança Pública

Saúde pública é questão de segurança no Rio Grande do Sul

Com a cheia que inundou o Rio Grande do Sul e deixou mais de 150 mortos e outras milhares de pessoas desabrigadas, a questão se esbarra, agora, em outras necessidades básicas, como alimentação, medicamentos e água potável.

Segurança em Saúde no Rio Grande do Sul

A tragédia ambiental e climática no RS é também questão de segurança em saúde pública, algo que os gestores terão que lidar até que haja condições de cada família afetada pelas cheias possam seguir suas vidas e reconstruir suas casas, o que pode levar meses e até anos, caso não haja um programa habitacional do governo.

Em tragédias semelhantes, todos os sistemas entram em colapso, ou seja, as estruturas governamentais ficam praticamente inoperantes e longe da capacidade considerada normal para atender as vítimas, como é o caso da Saúde.

Rede hospitalar inoperante

Hospitais, postos de pronto atendimentos e farmácias populares e até privadas deixam de funcionar por estarem afetadas, ou por que perderam seus estoques. Além de falhas na estrutura da Saúde no estado e nos municípios, há muitas fontes de contaminação presentes na água dos rios e lagos que invadiram as cidades.

Há risco de epidemias no Rio Grande do Sul, o que vai exigir mais das autoridades no sentido de fornecer medicamentos, água tratada e banheiros sanitários para a população. A questão sanitária deve ser mais um ponto de atenção até que o estado volte à normalidade.

Problema sanitário

Em curto e em médio prazo, pode haver doenças provocadas pela contaminação cruzada, quando bactérias, fungos outros parasitas são transmitidos de animais para os humanos, o que pode causar diarreias, dor de cabeça, vômitos e febres.

Riscos de contaminação

Há risco de contaminação por leptospirose, doença oportunista em ambientes insalubres, principalmente com o acumulo de lixo e água contaminada em contato com a pele.

Em situação de emergência humanitária como a do Rio Grande do Sul, uma crise sanitária pode ser uma nova ameaça para a população. Nesse momento, a Força Nacional do SUS instalou vários hospitais de campanha para atender a população até que a rede hospitalar seja normalizada.

Água tratada e alimentos

O governo do RS já sugere que os donativos enviados por outros estados sejam água potável e alimentos, deixando roupas para um segundo plano. Alimentação e água tratada passou a ser primordial no atendimento às vítimas, principalmente as que estão desabrigadas.
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Izaías Sousa
Especialista em Saúde Pública

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