Inteligência

Conheça o First Mile, equipamento de inteligência da Abin

O FirstMile é um software de alta tecnologia utilizado pelas forças de segurança pública em vários países, e seu uso é limitado a governos e autoridades, ou seja, sua venda para civis é praticamente impossível.

Equipamento de inteligência da Abin

No Brasil, o FirstMile pode ter sido usado de forma ilegal por políticos, segundo investigações da Polícia Federal (PF) que realizou busca e apreensão na Agência Brasileira de Inteligência após decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), em uma ação que investigava o desvio de equipamentos para atos de espionagem.

Segundo informações apuradas sobre o FirstMile, ele permite que cerca de 10 mil celulares sejam rastreados por um período e um ano, incluindo a localização do aparelho em tempo real, bastando inserir o número do telefone no software de inteligência.

Ações de espionagem no Brasil

Para que o uso do equipamento fosse feito por pessoas não autorizadas, a Polícia Federal confirmou que havia uma estrutura paralela dentro da Abin para espionar políticos e autoridades do Poder Judiciário brasileiro.

Desenvolvido pela empresa israelense Cognyte (ex Verint), ele possibilitou que a agência identificasse a “localização da área aproximada de aparelhos que utilizam as redes 2G, 3G e 4G”. Isso significa que pode rastrear qualquer pessoa a partir dos dados transferidos por celular.

Equipamentos de inteligência de Estado

Outros equipamentos de inteligência também estão disponíveis no mercado para ações de inteligência de governos, incluindo: Pegasus, Imsi Catchers (como o Pixcell e o G12), além do Landmark.

Localização de celulares

Os custos de R$ 5,7 milhões, o FirstMile foi adquirido no governo de Michel Temer ainda em 2018, e sem um processo de licitação. O App utiliza de falhas na rede de telefonia móvel das operadoras para conseguir mapear os telefones a partir das chamadas, passando mensagens em tempo real sobre a localização dos aparelhos monitorados.

Espionagem x Inteligência

Assim como as forças de segurança têm ao seu dispor equipamentos de última geração para a produção de inteligência, os espiões também possuem seus próprios dispositivos na coleta de informações empresariais e industriais que atenda aos interesses propostos pelos contratantes.

Tais equipamentos podem interceptar muitos alvos, tais como: e-mails, dispositivos eletrônicos de informática, de telefonia, de conversas em aplicativos, de produção de fotos e vídeos de forma remota, e até a obtenção de informações documentadas hospedadas em servidores em nuvens, por exemplo.

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