Tecnologia

Rádios explosivos foram armas contra o Hezbollah

Uma tática de guerra usada por Israel contra o grupo terrorista Hezbollah mostrou o quanto a tecnologia avançada pode mudar os rumos de uma guerra, ou mesmo colocar em risco milhões de pessoas que utilizam equipamentos considerados seguros e úteis, como é o caso dos rádios comunicadores e dos pagers.

Rádios contra o Hesbollah

No caso dos pagers, seu uso já está obsoleto, já que o equipamento foi usado antes da chegada da internet e do GPS, e foram os percursores dos modernos aparelhos de celulares existentes hoje.

Israel teria usado uma empresa de fachada para vender um lote de rádios e pagers modificados para o grupo Hezbollah. O circuito dos equipamentos tinha cerca de 20 gramas de explosivos, que eram controlados à distância pelo serviço de inteligência de Israel, segundo analistas de guerra.

Segundo informações de especialistas, os rádios transceptores foram tão bem construídos, que nem mesmo um sistema de detecção moderno poderia identificar qualquer anomalia em seu interior. Membros do Hesbollah receberam os equipamentos horas antes das explosões.

Equipamentos explosivos

No caso do explosivo, ele ficava alojado na bateria dos equipamentos, de forma selada e oculta. Para que fossem detonados, os rádios tinham um circuito programado para receber sinais de comando vindo da unidade de inteligência de Israel para que explodissem.

Lideranças do Hezbollah já assumiram que houve uma grande falha de inteligência do grupo ao comprar o lote de rádio comunicadores.

Há informações de que os equipamentos comprados de Taiwan pelo Hesbollah foram alterados antes de chegarem ao Líbano. Uma mensagem via rádio teria acionado os explosivos.

Inteligência de Israel

Mesmo que não houvesse uma falha na linha de produção dos rádios  comunicadores o pagers a partir da indústria, o serviço de inteligência de Israel mostrou que é possível usar equipamentos modernos como os Walkie Talkie para se tornarem em uma arma letal.

Há rumores na comunidade de segurança cibernética de que os equipamentos foram modificados antes de serem entregues ao grupo Hesbollah, ou seja, já fora da linha de produção. Outra possibilidade foi o uso de malware instalado nos comunicadores, sendo eles o gatilho para a detonação dos explosivos.

Novos protocolos de segurança

Com a nova tática de ataque, deve haver políticas e protocolos a nível de governos no sentido de se protegerem de possíveis ataques semelhantes, incluindo novos protocolos de fabricação e compra de equipamentos eletrônicos para uso governamental e militar, incluindo equipamentos bélicos, de comunicação, e mesmo os equipamentos usados pelos civis, como computadores, rádios comunicadores e outros dispositivos.

Segurança da Aviação

A partir deste caso, a segurança dos voos pode passar por novos protocolos, ou seja, a preocupação por parte das empresas em permitir o embarque de passageiros com equipamentos eletrônicos nos aviões, sejam nos voos domésticos ou internacionais, principalmente em regiões onde há focos de grupos terroristas.

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