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Tecnologia

Quando a segurança pública pode ser alvo da inteligência artificial

Quando a segurança pública pode ser alvo da inteligência artificial

Uma das últimas tecnologias capaz de interagir com as pessoas, a inteligência artificial passou a ser objeto de preocupação para vários setores da sociedade, incluindo o da segurança pública. Quando usada de forma a contribuir com o desenvolvimento social, a IA é uma forte aliada das pessoas, empresas, governos e instituições de pesquisa e educação.

Segurança e Inteligência Artificial

Hoje, o ChatGPT, um dos mais usados em todo o mundo – se tornou uma ferramenta capaz de substituir a ação humana em vários setores, principalmente na escrita e até na voz. Porém, a inteligência artificial é tão complexa e abrangente, que seria impossível enumerar suas atividades que estão disponíveis hoje, e muito menos no futuro próximo.

Se os algorítmicos da IA podem trabalhar em favor da sociedade e no desenvolvimento social, tecnológico, jurídico e econômico, ela também pode ser usada para promover ataques contras as instituições legalmente constituídas. Nesse aspecto, o uso da IA deve ser regulamentado para que haja limites oferecido pelas plataformas.

IA como aliada do crime

Podemos citar os algorítmicos da inteligência artificial que são capazes de clonar a voz humana com alto nível de perfeição, ação que já vem sendo usada por criminosos para aplicarem golpes, quando o criminoso, usando a voz de outra pessoa, tem chances reais de enganar as vítimas com facilidade, além de outras situações em que a IA pode ser aliada do crime.

Na área da educação e da tecnologia, a IA também oferece risco em relação aos direitos autorais e ao desenvolvimento de tecnologias ainda em fase de estudo. Hoje, um aluno de qualquer nível educacional pode usar a inteligência artificial para produzir conteúdo disciplinares sem ao mesmo estudar sobre o tema, incluindo na produção de artigos científicos, de TCC e Monografias.

A questão se esbarra na capacidade da IA em incentivar as pessoas a buscar soluções imediatas, sem que haja um engajamento pessoal com a realidade daquilo que se busca, principalmente nas atividades educacionais e de pesquisa acadêmicas.

Como funciona a inteligência artificial

Uma redação produzida pela IA não é um material exclusivo e livre de plágio. O que a IA faz, na verdade, é buscar trechos de milhões de autores, citar frases de escritores e juntar em um só arquivo, sendo que o maior banco de informações que alimenta a inteligência artificial são os dados disponíveis na internet por meio de fontes abertas.

Em relação à segurança pública, os desafios são ainda mais ameaçadores, levando em consideração que a IA pode ser usada por pesquisadores e desenvolvedores de tecnologias inteligentes, capaz de produzir com rapidez uma base de dados para colocar em ação planos criminosos diversos, incluindo no desenvolvimento de softwares variados para alimentar a indústria  bélica, por exemplo.

Corrida armamentista com a IA

Com a IA, chegamos a um novo ciclo da “corrida armamentista”, o que seria a maior de todas as ameaças contra os sistemas de segurança existentes. A inteligência artificial não só planeja, desenha, apresenta resultados, mas também, cria condições para o desenvolvimento de novas tecnologias de defesa e de ataques, seja no campo virtual ou físico.

Os novos cenários de guerras farão o emprego das tecnologias desenvolvidas com a inteligência artificial, em menor tempo de planejamento e de produção de armas e equipamentos usados na segurança, sejam em níveis de governos ou por parte de grupos radicais e criminosos.

Marco Regulatório da IA

Caso não haja um Marco Regulatório da Inteligência Artificial, que já vem sendo discutido no Congresso Nacional, é possível, em curto espaço de tempo, que haverá “receitas prontas” para a construção de armas letais com o emprego de elementos químicos e biológicos, além de algorítmicos capazes de promover ataques cibernéticos contra alvos de inteligência nas plataformas governamentais e de instituições de segurança, o que será mais um desafio para os profissionais da Tecnologia da Informação (TI).
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Izaías Sousa
Especialista sem Segurança Pública

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