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Segurança Pública

Planta babosa é usada na identificação humana em Goiás

Planta babosa é usada na identificação humana em Goiás

Uma planta de origem da África e Oriente Médio vem sendo usada na identificação de corpos pelo Instituto Médico Legal do Estado de Goiás (IML). A aloe vera, mais conhecida por babosa, passou por estudo na Universidade Federal de Goiás (UFG) em parceria com a Polícia Civil (PC-GO), até que fosse comprovada sua eficácia na identificação de corpos.

Babosa na identificação humana

A primeira descoberta considerada pioneira no Brasil constatou que a planta poderia ser usada na identificação humana, quando a fórmula foi desenvolvida pela Superintendência de Identificação Humana (SIH), e passou a ser usada nas Unidades de Necropapiloscopia da PC-GO, em Institutos Médicos Legais (IMLs).

O papiloscopista faz a “leitura” da digital de forma mais clara e rápida, segundo Lais Nogueira Magno, coordenadora da Divisão de Tecnologia, Pesquisa e Desenvolvimento da SIH.

Como a glicerina ainda é o produto mais usado na identificação de cadáveres, o tempo que leva para a reação do produto para a leitura das digitais poderia levar até uma semana. Já com a planta aloe vera, o resultado sai em até 24 horas, além do custo reduzido do produto que é comum no Brasil e de fácil produção.

Baixo custo de produção

A glicerina usada na leitura de digitais custa entre R$ 70 a R$ 90. Com cerca de R$ 100, os pesquisadores afirmam que é possível produzir até 10 litros do produto usando o princípio ativo da babosa.

Os estudos com a planta na identificação humana da Polícia Civil de Goiás tiveram início em 2019, baseado em observações de um papiloscopista da cidade de Jataí, no sudoeste goiano. A partir daquele ano, os estudos passaram a ser feito pela Universidade Federal de Goiás (UFG) por meio do Laboratório de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) de Bioprodutos.

Como a aloe vera é uma planta medicinal e usada no tratamento de várias doenças, incluindo na fabricação de sabonetes e produtos para a pele, a babosa passa a ter mais uma utilidade na área da segurança pública, especialmente nos Institutos Médicos Legais (IML).

Edemilson Cardoso, professor coordenador do projeto de criação de produto com babosa desenvolvido na UFG

Processo acelerado de identificação

Ainda conforme Lais Nogueira, Coordenadora da Divisão de Tecnologia, Pesquisa e Desenvolvimento da SIH da Polícia Civil de Goiás , se o corpo está em difícil condição de identificação, como os carbonizados e está sem documentos, com o produto a polícia consegue acelerar o processo de identificação para liberar o corpo para a família fazer o velório e sepultamento.

Atribuições  dos  IMLs

Autópsias e Exames Post-Mortem: Os IMLs são responsáveis por conduzir autópsias e exames post-mortem para determinar a causa da morte e identificar vítimas de acidentes, crimes ou desastres naturais. Esses exames podem incluir análises de tecidos, órgãos e traumas físicos.

Identificação de Vítimas: Uma das principais funções dos IMLs é a identificação de vítimas de mortes violentas ou de origem desconhecida. Isso pode envolver a comparação de registros dentários, impressões digitais, DNA e características físicas para estabelecer a identidade da pessoa.

Tecnologias Forenses Avançadas: Os IMLs utilizam uma variedade de tecnologias forenses avançadas, como análise de DNA, reconhecimento facial, odontologia forense e antropologia forense, para auxiliar na identificação de vítimas e na resolução de casos.

Colaboração Multidisciplinar: A atividade nos IMLs geralmente envolve uma colaboração multidisciplinar entre médicos legistas, patologistas, técnicos forenses, geneticistas, odontologistas forenses, antropólogos forenses e outros profissionais especializados.

Registro e Banco de Dados: Muitos IMLs mantêm registros e bancos de dados de informações sobre casos de identificação, como impressões digitais, perfis de DNA e características físicas. Esses dados são essenciais para facilitar a identificação de vítimas e a resolução de casos futuros.

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Com informações do portal G1-GO
Foto: Michel Gomes

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