Os profissionais desenhistas da polícia atuam para ajudar vítimas dos criminosos a reconhecerem os mesmos por meio do desenho, além de ajudar os investigadores nas operações que têm como objetivo a procura e a prisão dos suspeitos.
Desenhistas da Polícia na Cena do Crime
Como ferramentas de trabalho, os desenhistas das polícias civil e Técnico-Científica utilizam um aparato de materiais que vão desde um simples lápis — até o uso de equipamentos de alta tecnologia, como inteligência artificial, scanner 3D e outras tecnologias.
Em uma cena de crime, por exemplo, os desenhistas colaboram com o trabalho realizado pelos peritos, que trabalham com máquinas fotográficas, filmadoras e produtos químicos para identificação e coleta de digitais.
Trabalho do desenhista policial
“Nós temos as fotografias que mostram os detalhes, mas é o trabalho do desenhista que permite concluir exatamente a dinâmica”, explicou o perito criminal Bruno Lazare em reportagem da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo.
Um rascunho em um pedaço de papel pode servir de base para o desenhista policial, e, a partir desse momento, entra em cena os modernos equipamentos que vão auxiliar nos traços do profissional, garantindo um resultado final de ótima qualidade na identificação de pessoas, de objetos e na dinâmica dos fatos investigados.
Os desenhos são feitos a partir das primeiras informações passadas pelas vítimas, sejam de crimes de estupro, sequestro, por testemunhas de crimes ou acidentes. Os profissionais do “retrato falado” são verdadeiros artistas à serviço da segurança pública.
Compreendendo o relato das vítimas
Estudamos para entender como aquela vítima, que sofreu um ataque, foi abusada, assaltada ou viu um homicídio, consegue se lembrar com exatidão para que descreva um retrato falado”, frisou Sidney Barbosa, do Laboratório de Arte Forense do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
O especialista ressaltou, ainda, a importância de ouvir, observar e ganhar confiança das vítimas para que elas consigam desbloquear memórias. Nesse caso, o desenhista faz o papel de psicólogo, no sentido de ganhar a confiança das vítimas para que a imagem seja reproduzida em sua mente a ponto de ser desenhada.
O retrato falado na segurança pública
Antes das altas tecnologias chegarem ao mercado, o retrato falado, além de uma das primeiras formas de identificação usada pelas polícias em todo o mundo, ela também passou por mudanças importantes e ganhou aliados tecnológicos cada dia mais avançados, como a inteligência artificial, scanners 3D, impressoras tridimensionais, sistemas de mapeamento digital de locais de crimes e outros.
No cinema e na TV, os filmes que mostravam a busca por fugitivos retratavam os desenhos de pessoas suspeitas que eram colados em locais públicos, incluindo o valor da recompensa por quem dessas informações sobre os criminosos procurados. O desenho policial ainda é uma das ferramentas mais importantes na atividade policial.
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Izaías Sousa
Com Secretaria de Segurança Pública de São Paulo