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Segurança Pública

O plano para matar o presidente Lula e Alexandre de Morais

Plano de assassinato contra Lula e Morais

Um audacioso plano para matar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre e Morais, foi descoberto pela Polícia Federal (PF) durante a investigação sobre um golpe de Estado após a eleição de Lula, em 2022.

Plano para matar Lula e Morais

Os alvos principais da operação da PF foram Mauro Cid, ajudante de ordem do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL); o general Mário Fernandes, da reserva; e os tenente-coronel: Hélio Ferreira Lima, Rafael Martins de Oliveira e Rodrigo Bezerra de Azevedo.

Conversas obtidas pela Polícia Federal e que foram extraídas do celular de Mauro Cid e outros investigados apontaram como o grupo estava articulado para assassinar o presidente Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin — e o ministro do STF Alexandre de Morais.

Os articuladores do crime criaram um grupo no aplicativo WhatsApp onde discutiam as manobras no dia do crime, bem como, indicavam a real localização dos alvos, incluindo a do ministro Morais, que estava nas imediações e um restaurante em Brasília, quando estava sendo monitorado pelo grupo.

Militares presos pela PF

O ministro Alexandre de Morais havia deixando a sessão plenária do STF horas antes do previsto, o que desarticulou o plano criminoso. O ministro ainda não se pronunciou se ele estava acompanhado por seguranças no dia previsto para o ataque agendado contra ele.

Dois militares presos pela PF estavam trabalhando na segurança durante o evento do G20, inclusive fazendo a proteção dos chefes de Estado presentes no evento realizada no Rio de Janeiro, quando foi decretado o GLO (Garantia da Lei e da Ordem). Outros dois militares foram presos em serviço no Comando Militar do Leste, no Rio.

Além dos militares presos, um policial federal também foi alvo da operação, sendo ele Wladimir Matos Soares. O plano de assassinar o presidente do Brasil teria a participação da Força Especial chamados de “Kids Pretos“, grupo treinado para participar de operações especiais de alto risco, incluindo em ações antiterroristas –, e eram comandados, à época, por Mário Fernandes, preso na operação.

Comandante dos Kids Pretos

Rafael Martins fazia parte dos Kids Pretos, e era conhecido por “Joe”, que discutia com o grupo de apoiadores do golpe e com os líderes do movimento sobre os locais ou pontos de manifestação após uma possível vitória de Lula.

Onde ficam os “Kids Pretos”?

A maior parte fica no 1º Batalhão de Forças Especiais, em Goiânia e são subordinados ao Comando Militar do Planalto. Há ainda a 3ª Companhia de Forças Especiais, em Manaus.

Paulo Pimenta, da Secretaria de Comunicação Social, pronunciou em entrevista sobre o caso dizendo:

“O que essa gente fez é algo muito grave. Nós não estamos aqui falando de pessoas periféricas da hierarquia bolsonarista. É bom a gente lembrar que esse plano golpista e criminoso estava no computador do Mauro Cid, que era o ajudante de ordens do Bolsonaro. Ele tinha a senha do cartão pessoal da Michelle Bolsonaro [ex-primeira-dama], dos filhos. O Mauro Cid foi com ele [Bolsonaro] para os Estados Unidos. É uma pessoa da confiança dele”.

Projeto de anistia no Congresso

Com a operação da PF, o projeto para anistiar os envolvidos em ataques contra os Três Poderes, que já é discutida no Congresso e no Senado deve passar por análise das bancadas políticas, e já conta com articulação do PT para que o projeto não seja colocado em votação.

Pela primeira vez na história do Brasil um presidente aparece como alvo real de um plano de assassinato promovido por movimentos radicais e político, principalmente com a expansão da direita no País, cujo momento ganhou força com a vitória do ex-presidente Jair Bolsonaro.

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Izaias Sousa

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