Governo deve criar programa de gestão de risco climático

Em meio à crise ambiental que devastou a maior parte do Rio Grande do Sul, deixando mais de 150 mortos e outras milhares de pessoas desabrigadas, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, fala na criação de uma pasta para a gestão de risco climático.

Gestão de Risco Climático

A questão deve se esbarrar em regras jurídicas que deve passar pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal.

“Já estamos trabalhando em uma versão 0.1 de um plano para trabalhar a gestão de risco, o que vai precisar de instrumentos normativos, porque a ideia é que a gente possa trabalhar o sentido de urgência e emergência climática com um instituto jurídico que não existe na nossa legislação”, disse a ministra.

Segundo Marina Silva, uma das maiores defensoras de programas de proteção e de gerenciamento de risco ambiental, é preciso que haja a separação de níveis de riscos, como médios, de alto e de altíssimo impacto.

Segurança Ambiental

O Brasil ainda precisa de planos de segurança ambiental eficientes no sentido de prever cenários de riscos climáticos, criar planos de evacuação de pessoas, e planejamento de sistemas de alojamentos emergenciais até que haja normalidade em cenários de desastres climáticos.

Parte deste processo vem sendo feito pelo Governo Federal com medidas de prorrogação de dívidas dos estados afetados por grandes catástrofes, além da liberação de benefícios aos atingidos para a manutenção familiar.

Gerenciamento de crises ambiental

Deve haver um plano nacional que deve ser compartilhado entre os estados municípios por meio de uma plataforma virtual integrada sobre gerenciamento de crises ambiental e climáticas, como deveria ocorrer no Rio Grande do Sul, cujas respostas do governo não são eficientes para respostas rápidas.

As ajudas humanitárias internas promovidas por instituições privadas, organizações sociais, ONGs e ativistas não são suficientes para resolver os problemas estruturais em médio e longo prazo após uma tragédia ambiental.

Incentivo governamental

A participação da população é importante para os primeiros socorros, porém, não resolve os problemas que são de competência dos gestores públicos, que deveriam abrir linhas de financiamento de moradias, financiamento de veículo e incentivo para empresas afetadas por ações climáticas.