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Segurança Pública

Gestão de segurança pública em comunidades de risco

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Gestão de segurança pública em comunidades de risco

Trabalhar com gestão de segurança em comunidades de risco é uma atribuição das autoridades de segurança pública, dos analistas e dos gestores, levando em consideração que, em cada ambiente, seja nas instituições, no espaço geográfico ou populacional, há metodologias diferentes para atuação dos profissionais e dos gestores.

Gestão de Segurança em Comunidades

No caso das comunidades de risco, o gestor de segurança deve atuar no sentido de lidar com os diversos cenários e garantir a proteção da instituição sem promover efeitos contrários aos níveis da segurança que se pretende.

Conhecidas também por favelas, as comunidades de risco são locais onde o poder público não consegue chegar com suas ações de governo, como os serviços de água, energia, comunicação e postos de controle e fiscalização.

Tanto as ações do Estado quanto a dos municípios são limitadas em tais locais, que na maioria das vezes são dominados por milícias e grupos criminosos organizados, como as facções, por exemplo.

Segurança das instituições

Para os gestores de segurança, lidar com tais aspectos são desafios que devem ser superados sem colocar em risco a vida dos profissionais, da imagem das instituições e da população em geral.

Podemos citar a gestão de segurança em vários conceitos, seja ela no âmbito das ações do Estado ou das instituições privadas, como é o caso das empresas. No âmbito de governo, podemos citar a gestão de segurança voltada para a proteção da comunidade, como no fornecimento de infraestrutura como água, energia, serviço de saúde, comunicação e outros.

No âmbito do setor privado, podemos citar a gestão de segurança das empresas, como na proteção da imagem corporativa, dos negócios e dos produtos. Nas comunidades de risco, tanto as empresas públicas quanto as privadas enfrentam o mesmo problema na questão do gerenciamento de riscos corporativos.

Crime organizado e milícias

Dentre todos os riscos, podemos mencionar os mais complexos, como a questão do crime organizado e da atuação das milícias, grupos que também representam risco contra as ações do Estado, afetando milhares de pessoas que vivem, estudam ou trabalham nas favelas das capitais, com maior predominância no Rio de Janeiro e São Paulo.

Na prática, os gestores de segurança devem atuar no sentido de informar a população sobre medidas de prevenção, de gerenciamento de riscos e de modelos que podem ser trabalhados junto à comunidade, sem que haja confronto com os grupos contrários às políticas públicas a nível de governo.

Processo de segurança nas comunidades

Como citamos o caso das empresas, sejam públicas ou privadas, é preciso que o processo de segurança das instituições e dos profissionais que ali trabalham sejam pautadas de forma a garantir a informação eficiente –, sem que haja confronto de ideias alheias aos princípios da cidadania. Ou seja, enquanto os gestores fazem sua parte como profissionais, o Estado fica com a missão de mostrar os resultados com suas ações de infraestrutura e contra a criminalidade, por exemplo.

O mesmo se aplica na questão da gestão da segurança empresarial, das ONGs, das instituições sociais, religiosas e outras. Quanto maior for as ações criminosas em uma determinada comunidade, maior será a necessidade de uma gestão de segurança pública eficiente, e que atenda a comunidade naquele momento.

Toda vez que houver uma incursão policial ou uma ação criminosa em uma comunidade, haverá riscos diversos contra as instituições e contra a população. Portanto, o processo de segurança é uma cadeia interligada, cuja prática deve ser parte de cada cidadão em conjunto com as ações do Estado e das organizações.
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Izaías Sousa
Especialista em Segurança Pública e Corporativa
Foto: Rioonwatch

Segurança Pública

Guardas municipais podem fazer policiamento comunitário

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Guardas municipais no policiamento

Uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) permite que os Guardas Municipais possam fazer segurança comunitária, inclusive prender pessoas suspeitas e fazer abordagens.

Guardas municipais no policiamento

Após a análise do Recurso Extraordinário 608588, o Supremo Tribunal Federal decidiu que o órgão municipal de segurança pública pode atuar no patrulhamento preventivo, mas respeitando a autonomia das polícias Civil e Militar.

A partir de agora, as Câmaras Municipais podem regulamentar a Guarda Municipal para que possam colaborar com outras forças de segurança pública, uma vez que o serviço era limitado apenas à proteção do patrimônio público.

Prevenção da criminalidade

Para o presidente da AGM, Reinaldo Monteiro, os guardas municipais já atuam na prevenção da criminalidade há mais de 30 anos, e a decisão do STF fortalece a segurança pública no policiamento comunitário.

Segundo Monteiro, as cidades ganham uma segurança jurídica sobre o tema da segurança pública ligada à Guarda Municipal, o que deve fortalecer as demais forças regulares de segurança, além de gerar uma sensação de segurança melhor na população.

Sistema de Segurança Pública

Com a decisão do STF, o ministro Luiz Fux disse que as guardas municipais fazem parte do Sistema de Segurança Pública e que os municípios têm competência para legislar sobre o tema.

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Segurança Pública

O plano para matar o presidente Lula e Alexandre de Morais

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Plano de assassinato contra Lula e Morais

Um audacioso plano para matar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre e Morais, foi descoberto pela Polícia Federal (PF) durante a investigação sobre um golpe de Estado após a eleição de Lula, em 2022.

Plano para matar Lula e Morais

Os alvos principais da operação da PF foram Mauro Cid, ajudante de ordem do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL); o general Mário Fernandes, da reserva; e os tenente-coronel: Hélio Ferreira Lima, Rafael Martins de Oliveira e Rodrigo Bezerra de Azevedo.

Conversas obtidas pela Polícia Federal e que foram extraídas do celular de Mauro Cid e outros investigados apontaram como o grupo estava articulado para assassinar o presidente Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin — e o ministro do STF Alexandre de Morais.

Os articuladores do crime criaram um grupo no aplicativo WhatsApp onde discutiam as manobras no dia do crime, bem como, indicavam a real localização dos alvos, incluindo a do ministro Morais, que estava nas imediações e um restaurante em Brasília, quando estava sendo monitorado pelo grupo.

Militares presos pela PF

O ministro Alexandre de Morais havia deixando a sessão plenária do STF horas antes do previsto, o que desarticulou o plano criminoso. O ministro ainda não se pronunciou se ele estava acompanhado por seguranças no dia previsto para o ataque agendado contra ele.

Dois militares presos pela PF estavam trabalhando na segurança durante o evento do G20, inclusive fazendo a proteção dos chefes de Estado presentes no evento realizada no Rio de Janeiro, quando foi decretado o GLO (Garantia da Lei e da Ordem). Outros dois militares foram presos em serviço no Comando Militar do Leste, no Rio.

Além dos militares presos, um policial federal também foi alvo da operação, sendo ele Wladimir Matos Soares. O plano de assassinar o presidente do Brasil teria a participação da Força Especial chamados de “Kids Pretos“, grupo treinado para participar de operações especiais de alto risco, incluindo em ações antiterroristas –, e eram comandados, à época, por Mário Fernandes, preso na operação.

Comandante dos Kids Pretos

Rafael Martins fazia parte dos Kids Pretos, e era conhecido por “Joe”, que discutia com o grupo de apoiadores do golpe e com os líderes do movimento sobre os locais ou pontos de manifestação após uma possível vitória de Lula.

Onde ficam os “Kids Pretos”?

A maior parte fica no 1º Batalhão de Forças Especiais, em Goiânia e são subordinados ao Comando Militar do Planalto. Há ainda a 3ª Companhia de Forças Especiais, em Manaus.

Paulo Pimenta, da Secretaria de Comunicação Social, pronunciou em entrevista sobre o caso dizendo:

“O que essa gente fez é algo muito grave. Nós não estamos aqui falando de pessoas periféricas da hierarquia bolsonarista. É bom a gente lembrar que esse plano golpista e criminoso estava no computador do Mauro Cid, que era o ajudante de ordens do Bolsonaro. Ele tinha a senha do cartão pessoal da Michelle Bolsonaro [ex-primeira-dama], dos filhos. O Mauro Cid foi com ele [Bolsonaro] para os Estados Unidos. É uma pessoa da confiança dele”.

Projeto de anistia no Congresso

Com a operação da PF, o projeto para anistiar os envolvidos em ataques contra os Três Poderes, que já é discutida no Congresso e no Senado deve passar por análise das bancadas políticas, e já conta com articulação do PT para que o projeto não seja colocado em votação.

Pela primeira vez na história do Brasil um presidente aparece como alvo real de um plano de assassinato promovido por movimentos radicais e político, principalmente com a expansão da direita no País, cujo momento ganhou força com a vitória do ex-presidente Jair Bolsonaro.

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Izaias Sousa

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Segurança Pública

Ataque do PCC no Aeroporto de Guarulhos desafia autoridades

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Ataques do PCC no Aeroporto de Guarulhos e a ousadia da facção

O ataque do impetrado pelo PCC (Primeiro Comando da Capital) contra o empresário Antônio Vinícius Gritzbach, ocorrido na área de desembarque do Aeroporto Internacional de Guarulhos, mostrou para as autoridades o poderio de fogo da facção criminosa e a ousadia deles em atentados cada vez mais escancarados.

Assassinato no Aeroporto de Guarulhos

Gritzbach era investigado por lavar dinheiro do crime na compra e venda de imóveis de alto padrão, e sua morte ocorreu devido a desentendimentos com membros do PCC, incluindo suposto desvio de dinheiro da facção criminosa.

Ele também foi delator do PCC, onde passo informações para o Ministério Público sobre a facção criminosa, além de delatar policiais e delegados envolvidos em esquema de corrupção e que supostamente tinham elos com a facção.

Até o momento, 13 policiais foram afastados pela Corregedoria da Polícia Civil suspeitos de participarem de uma rede criminosa e lavagem de dinheiro, além da investigação deles na participação do assassinato do empresário Antônio Vinícius Gritzbach, incluindo policiais militares que faziam a escolta dele quando chegava no aeroporto de São Paulo.

A estrutura do PCC no comando do crime

No passar dos anos, o PCC vem aprimorando suas técnicas para lavar o dinheiro do crime, investindo em grandes empresas e movimento o capital da facção em nome de laranjas e agentes públicos, incluindo policiais civis e militares.

Uma força-tarefa da Secretaria de Segurança Pública (SSP) investiga policiais e delegados na participação com a rede criminosa e na morte do empresário. Antônio Vinícius Gritzbach foi integrante do PCC e fazia parte do setor que julgava seus integrantes, no conhecido “tribunal do crime”.

Os ataques praticados pelo PCC são cada dia mais ousados, e acontecem em locais públicos, assim como ocorria na guerra entre traficantes em Medellín, na Colômbia, onde os assassinatos de criminosos, autoridades e de agentes públicos aconteciam durante o dia, em locais públicos e com grande fluxo de pessoas.

Desafios da segurança pública no Brasil

Em 1991, no auge da guerra entre o narcotraficante Pablo Escobar e o Estado da Colômbia, a cidade foi considerada a mais violenta do mundo. Ir às comunas era um risco, dado o alto nível de pobreza e violência. Naquele ano, mais de seis mil assassinatos foram registrados.

Para as autoridades de segurança pública, os ataques das facções criminosas estão ficando sofisticados e ousados, o que representa uma afronta ao estado e suas forças de segurança, o que reflete de forma negativa a imagem do Brasil em outros países.
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Izaías Sousa

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